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ARTIGOS

Tosse do canil: uma espécie de gripe em 4 patas

A traqueobronquite infeciosa canina, conhecida por “tosse do canil”, é uma doença que afeta o sistema respiratório dos cães e, tal como a gripe nos humanos, é de rápido e fácil contágio, particularmente entre animais que partilham o mesmo espaço, mesmo com condições de higiene adequadas e sem vacinação. A infeção é ligeira e com tratamento médico atempado, cura-se entre 1 e 3 semanas. Caso contrário, pode causar pneumonias. A descrição da doença, transmissão, sintomas, diagnóstico e tratamento, já de seguida!

O que é a tosse do canil?

A tosse do canil ou traqueobronquite infeciosa canina é uma doença de rápido contágio produzida principalmente pelo vírus da parainfluenza ou pelo adenovírus canino tipo 2 ou ainda pela a bactéria bordetella bronchiseptica, agentes que se alojam nas vias respiratórias superiores dos cães e que lhes debilitam o trato respiratório. Resultado? Cão com tosse, infeções respiratórias de início súbito e secreção nasal e ocular. 

A tosse do canil é um problema comum que costuma ocorrer com maior frequência nos meses frios (já que as vias respiratórias estão mais expostas e debilitadas com o clima húmido e a temperatura baixa) e que se resolve facilmente com tratamento médico.

Como se dissemina?

A infeção dissemina-se rapidamente em ambientes fechados (daí o nome tosse do canil), de cão para cão, e apesar de a princípio parecer uma simples tosse acompanhada de espirros, afeta diretamente o sistema respiratório, tal como a gripe nos humanos, originando infeções mais ou menos graves, em função dos agentes causais, condições externas e do tempo em que o animal já está contagiado. Em suma, a tosse do canil pode começar com uma simples garganta inflamada e acabar numa infeção bacteriana, atacando os pulmões e como consequência podendo provocar pneumonias e broncopneumonias graves. Mesmo com tratamento médico veterinário atempado, há a possibilidade de as bactérias infetarem áreas respiratórias logo na fase inicial da doença, sobretudo em cachorros com menos de 6 meses.

Como se transmite?

Regra geral, a tosse do canil desenvolve-se em locais fechados onde vivem ou onde estão pontualmente alguns cães, como canis, hotéis para animais, hospitais, exposições, centros de treino, etc. Daí que o controlo da doença seja mais difícil, pois tal como na gripe humana, a tosse do canil passa por via oral e nasal, através da tosse ou dos espirros dos animais, mas também de objetos contaminados, como bebedouros, calçado, brinquedos, camas, etc. E, a partir do momento em que o primeiro cão é contaminado com este vírus ou bactéria, todos os outros correm o risco de contágio. Cão com tosse, cães com tosse!

Apesar de serem raros os casos de morte por tosse do canil, a prevenção – como vamos ver mais adiante – é sempre a melhor solução. Vacine!

Qual a população-alvo?

Efetivamente, qualquer cão pode contrair a doença – inclusive animais mantidos em apartamentos – mas a tosse do canil afeta particularmente cachorros com menos de 6 meses, cães idosos, imunodeprimidos, cães não vacinados, com bronquite crónica, colapso de traqueia ou anomalias congénitas.

Quais os principais sintomas da tosse do canil?

Os primeiros sintomas da tosse do canil aparecem até 10 dias após a infeção. Uma vez contagiado, o cão começa a evidenciar uma série de sinais, entre eles:

  • Tosse seca, forte, constante e rouca, provocada pela inflamação das cordas vocais.
  • Presença de secreção nasal.
  • Tosse acompanhada por uma leve expectoração das secreções, nos casos mais avançados.
  • Engasgos e vómitos moderados causados pela necessidade de expulsão do corrimento nasal.
  • Fraqueza e mal-estar geral.
  • Falta de apetite e de energia.
  • Perda de peso.
  • Febre, em casos mais graves.
  • Infeções secundárias como hipertermia, anorexia, dispneia, broncopneumonia, tonsilite, rinite e conjuntivite

Um animal que apresente algum destes sintomas deve ser encaminhado para um consultório veterinário ou clínica veterinária. É verdade que a doença não é grave e que quase não há casos de morte por tosse do canil, mas sem tratamento atempado pode-se transformar numa pneumonia. Contacte a Clínica Veterinária João XXI para diagnóstico da tosse do canil.

Como se faz o diagnóstico da tosse do canil?

O diagnóstico da tosse do canil é feito, essencialmente, através do histórico fornecido pelos tutores e pelos sinais físicos no animal, como a tosse. Naturalmente que se o cão infetado esteve alguns dias antes em contacto com outros cães passíveis de terem esta doença, o médico veterinário suspeita de imediato de tosse do canil, mas uma radiografia e outros exames complementares podem ajudar a determinar o grau da doença e também a excluir outras causas de tosse (tendo em conta que a tosse do canil é muito contagiosa e tem um período de incubação de 3 a 10 dias). Mais importante do que realizar o diagnóstico definitivo da tosse do canil, é descobrir se há uma complicação da doença. Hemogramas de rotina e provas bioquímicas são auxiliares para se entender o estado geral de saúde do paciente.

Qual o tratamento para a tosse do canil?

Visto que no desenvolvimento desta patologia podem participar vários agentes virais, torna-se praticamente impossível determinar um tratamento médico padrão que sirva todos os casos. O mais recomendável é que seja um Médico Veterinário a determinar qual é o melhor tratamento a seguir. Contudo, de entre os tratamentos mais usuais, destacam-se os seguintes procedimentos:

  • Xaropes ou antitússicos, caso não existam ainda infeções como broncopneumonia ou pneumonia.
  • Anti-inflamatórios (não esteroides) para diminuir inflamações das vias aéreas e aumentar o apetite.
  • Antibióticos para combater uma infeção existente ou, de modo profilático, para prevenir uma infeção respiratória futura.
  • Nebulizações para humidificar as vias respiratórias, para o animal expelir com mais facilidades as secreções e assim eliminar os agentes bacterianos e virais.
  • Broncodilatadores, se o cão apresentar dificuldades respiratórias.

Geralmente os cães infetados recuperam alguns dias depois do surgimento dos sinais clínicos e não havendo complicações, é possível resolver o problema sem tratamento para a tosse do canil. A questão é que mesmo os casos mais brandos causam muito desconfortos para os animais e para os tutores e por isso se recomenda tratamento médico-veterinário. O mesmo para cães que evidenciam sinais persistentes por mais de duas semanas: devem ser avaliados ou reavaliados para se evitarem complicações secundárias.

Não se deve administrar medicação por iniciativa própria. O cão com tosse do canil deve ser atendido por um Médico Veterinário.

Tendo em conta a enorme probabilidade de contágio, há que fazer a ressalva de que o cão com tosse do canil deve ficar isolado durante, pelo menos, uma semana ou durante o tempo que o tratamento durar. Apesar de aborrecido, é fundamental que o animal fique isolado de modo a evitar que a doença se propague e contagie outros cães da vizinhança.

Com prevenir?

Sem dúvida que a melhor forma de tratar qualquer doença contagiosa é através da prevenção e existem várias formas de prevenir a tosse do canil:

  • Higiene adequada – Seja em canis, criadores, hotéis para animais, escolas de treino, etc, é imprescindível haver boas condições de higiene para preservar a saúde dos cães. Quando não existe uma higiene adequada, os agentes patogénicos têm mais facilidade para se desenvolver e começar a propagar a doença.
  • Imunidade materna – A imunidade materna para as viroses que causam a tosse do canil oferece vários graus de proteção ou reduz a severidade dos sinais clínicos da doença, mas só atua durante as primeiras 12/16 semanas de vida do cachorro. A imunidade futura varia de cão para cão e também em função do vírus ou da bactéria envolvida.
  • Vacinação – Seja através de aplicação subcutânea ou aplicação intranasal, a vacinação é fundamental para evitar esta doença. A vacina deve ser tomada anualmente ou semestralmente se se tratar de um animal de risco, mas não sem antes se consultar um Médico Veterinário.
  • Controlo – Para evitar a disseminação da doença, os cães suspeitos de possuírem tosse do canil devem ser isolados a partir do momento em que se detetam os primeiros sinais e por mais de duas semanas.

O tratamento da tosse do canil ou traqueobronquite infeciosa canina, é muito importante, pois além de proporcionar conforto ao animal, facilitando a sua respiração, evita infeções secundárias. Em caso de dúvidas, consulte a Clínica Veterinária João XXI.

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